sábado, 29 de novembro de 2008

Não sei como escrever estas palavras. Não quero magoar quem tanto amo. Mas Hoje já chorei por dentro. Me senti sem dominio de mim e isso me fez sentir só. Deveria estar feliz por estar celebrando a mim, porém não me permiti definir os rumos de minha própria alegria e ela escapou pelos dedos das mão alheias.
Quando eu me declaro triste, não defino como que a causa veio do meio porque todos os motivos poderiam ser válidos, mas da impossibilidade de celebrar da maneira que eu me pedia. Isso ocorre por vezes, mas sempre se mascara. Desta vez ficou esplícito. Fui fraco e não me permiti determinar os meus rumos, tolhidos pelos fantasmas.
Bom amanhã é outro dia, não há como apagar o que já foi escrito, nem devo. Que sabe aprendo a escrever novos parágrafos daqui por diante.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Palavras ditas ao vento.
Ecoan pelo ares,
Como gritos do silêncio.
Tencionam los cables,
Ventos uivantes,
À derrubar os fragiles postes.
Ainterromper o dálogo.
A desgastar o todo da via.

Palvras ditas,
Estão ao ar.
A todos ouvir.
Si no quieres que la escuchen,
No las digas.

domingo, 2 de novembro de 2008

Um ponto fixo.
Pontos a girar,
À melodia.
Tantos pontos.
Mas o ponto está lá.
Não dança,
por isso O Ponto.
Fixo no ponto.
E derrepente,
Vesse numa sujeirinha todo um sentido.
E para baixo,
a se completar em perfeição.
Os olhos gulosos insistem em olhar...
Na esperança de poder,
Um dia,
Ver-se refletir.
É certo,
Os pés precisa caminhar,
E da boca sair a exata sinfonia.
Então,
Se for um par de notas,
Trazer ao aroma de chocolate,
O sabor da laranja.
Eis que surge um oasis no meio do deserto.
Nem tão deserto,
mas super oasis.
Eis que é real,
Alí à frente,
Não uma tola miragem.
Mas eis também que,
Imóvel,
Suas águas não refrescam,.
Como um espelho,
Ofuscam os sentidos.

domingo, 21 de setembro de 2008

Sentimento (2)

Talvez,
Simples barco,
Cobre demais do porto.
E seja apenas um simples vai e vem.
E não vela a fuga.
Talvez sejam necessário apenas pequenos ajustes.
Ou quem sabe seja assim mesmo.
Vale tentar rever.
Entender o porto.
Ver, apesar da maré,
Um atracadouro firme.
Então é infinito.

Sentimento

Um barco à maré.
Hora a preamar,
Fica tão perto da costa.
Hora a baixamar,
Tão distante dela.
O que acontece?
Não sei.
O vai e vem cansa.
Deveria ter um cais,
Desses com poitas, decks...
Enfim, amarras.
Talvez esteja alí.
Falte vê-lo.,
Talvez já esteja nele,
falte à prender.
Mas como tal vez,
Outro sito...
Então é finito,
Tchau.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Lenine

Hoje na academia tava tocando o som de Lenine, então me lembrei dessas duas belas composições:

A Ponte

Composição: Lenine e Lula Queiroga

Como é que faz pra lavar a roupa?
Vai na fonte, vai na fonte
Como é que faz pra raiar o dia?
No horizonte, no horizonte
Este lugar é uma maravilha
Mas como é que faz pra sair da ilha?
Pela ponte, pela ponte

A ponte não é de concreto, não é de ferro
Não é de cimento
A ponte é até onde vai o meu pensamento
A ponte não é para ir nem pra voltar
A ponte é somente pra atravessar
Caminhar sobre as águas desse momento

A ponte nem tem que sair do lugar
Aponte pra onde quiser
A ponte é o abraço do braço do mar
Com a mão da maré
A ponte não é para ir nem pra voltar
A ponte é somente pra atravessar
Caminhar sobre as águas desse momento

Nagô, nagô, na Golden Gate
Entreguei-te
Meu peito jorrando meu leite
Mas no retrato-postal fiz um bilhete
No primeiro avião mandei-te
Coração dilacerado
De lá pra cá sem pernoite
De passaporte rasgado
Sem ter nada que me ajeite
Coqueiros varam varandas no Empire State
Aceite
Minha canção hemisférica
A minha voz na voz da América
Cantei-te
Amei-te


O Silêncio das Estrelas

Solidão, o silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um deus e amanheço mortal

E assim, repetindo os mesmos erros, dói em mim
Ver que toda essa procura não tem fim
E o que é que eu procuro afinal?

Um sinal, uma porta pro infinito, o irreal
O que não pode ser dito, afinal
Ser um homem em busca de mais, de mais...
Afinal, como estrelas que brilham em paz, em paz...

Solidão, o silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um deus e amanheço mortal

Um sinal, uma porta pro infinito, o irreal
O que não pode ser dito, afinal
Ser um homem em busca de mais...

domingo, 14 de setembro de 2008

A navalha reabriu as feridas.
Desnudaram-se atitudes.
Atitudes à dor
Das feridas mal cicatrizadas.
Verteu-se água da nascente dos sentimentos.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Felicidades?

Estou a me perguntar uma coisa a tempos:
O que são "muitas felicidades"?
Com o faço para saber quantas tenho? E se são muitas? Será que muitas são mais dez? Eu imaginva que a felicidade fosse um estado de espírito. Ou você é feliz ou não é. Não há como ter meia raiva, ou ter três tristezas de uma só vez. É como sorte: existe o meio sortudo? Ou o desejo de muitas sortes?
Ser feliz é um estado pleno, não existe meia felicidade, mas num conjunto de sentimentos, que provém de nosso atos e da resposta que eles geram do meio e nos torna felizes.

Sendo assim desejo "apenas" felicidade a todos! Uma só.

sábado, 23 de agosto de 2008

Uma folha em branco.
Escrita em traços fortes.
Não há como apagar.
As marcas estão lá.
Novas linhas para reescrever o ontem,
apenas enchem o papel do presente.
E de tanto reescreve-las,
dilaceram-se as fibras.
É fim.
Outro papel.

domingo, 17 de agosto de 2008

Eu

"EU

Nas calçadas pisadas
de minha alma
passadas de loucos estalam
calcâneo de frases ásperas
Onde
forcas
esganam cidades
e em nós de nuvens coagulam
pescoço de torres
oblíquas

soluçando eu avanço por vias que se encruz-
ilham
à vista
de cruci-
fixos

polícias"

"Eu"; Maiakovski, Vladimir

(tradução: Haroldo de Campos)

E Então Que Qureis?...

Estava limpando meu armário e eis que surge essa pérola poética. Escrita no periodo do Construtivismo Russo, mostra a poesia a fitar a realidade, e com casca de doçura, no faz saborear o amargor de um periodo não muito fácil.

"E Então Que Qureis?...

Fiz ranger as folhas de jornal
abrindo-lhes as pálpebras piscantes.
E logo de cada fronteira distante
subiu um cheiro de pólvora
perseguido-me até em casa.
Nestes últimos vinte anos nada de novo há no rugir das tempestades.
Não estamos alegres,
é certo,
mas também por que razão haveriamos de estar tristes?
O mar da história é agitado.
As ameaças e as gerras havemos de atravessá-las,
rompe-las ao meio,
cortando-as como uma quilha corta as ondas."

"Maiakóvski, Vladimir - Antologia poética" / editora Max Limonad, 1987

sábado, 16 de agosto de 2008

E me pegeui denovo a pelear com o mundo. A pelar a casca da intolerância com quem no fundo não merece. A raspar as feridas abertas... Desejaria-me indifernte, mas levo em mim as marcas e sempre volto ao indevido. Até quando vai durar eu não sei. Talvez toda uma vida. Ou talvez acorde uma manhã ensolarada e existam apenas belas flores no jardim. É a vida...

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

trevo de 5 folhas

Um trevo de 4 folhas é sorte. O que será um trevo com 5 folhas? Sorte registrada em cartório? Para garantir que não faltará? Ou será que vou ganhar na Mega-sena um premio acumulado sozinho? Será sorte no amor, já que é um trevo roxo? (ummm essa foi brega...)
Muitas perguntas... poucas respostas. E não encontrei nada que falsse sobre ele... Pena.
Bom, está lançada a sorte!

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Mas o mar ficou revolto.
O que era encanto...
Perdeu-se nas ondas.
O amor se afogou.
Os olhos perderam o mar.
E o amar ficou revolto.

Olhos de admirar,
Não o mar de outrora.
Mas outro par.
Há um sutil reflexo,
Que poderá ser espelho.
Olhos do coração.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Olhos de mar
Revolto
Coração.
Olhos de mar revolto.
Revoltos de amar...
Olhos de mar.
Revolto o coração.

domingo, 25 de maio de 2008

Leve - Iara Rennó / Alice Ruiz

viver ou morrer é o de menos
a vida inteira pode ser qualquer momento
ser feliz ou não: questão de talento

leve a semente vai
onde o vento leva
gente pesa
por mais que invente
só vai onde pisa

sábado, 24 de maio de 2008

Sea - Jorge Drexler

Ya estoy en la mitad de esta carretera
Tantas encrucijadas quedan atrás
Ya está en el aire girando mi moneda
Y que sea lo que
Sea

Todos los altibajos de la marea
Todos los sarampiones que ya pasé
Yo llevo tu sonrisa como bandera
Y que sea lo que
Sea

Lo que tenga que ser, que sea
Y lo que no por algo será
No creo en la eternidad de las peleas
Ni en las recetas de la felicidad

Cuando pasen recibo mis primaveras
Y la suerte este echada a descansar
Yo miraré tu foto en mi billetera
Y que sea lo que
Sea

Y el que quiera creer que crea
Y el que no, su razón tendrá
Yo suelto mi canción en la ventolera
Y que la escuche quien la quiera escuchar

Ya esta en el aire girando mi moneda
Y que sea lo que
Sea

sábado, 17 de maio de 2008

Quando o caminho do eu se faz ao chão,
A velha estrada ficou na poeira,
e tudo que provera dela se desnuda.
E tudo que proverá a estes será ao seu modo.
Existem novas palavras a conjugar às curvas.
E as retas da prosa cortam como navalha o mundo.
Só resta aprender a caminhar pelo livro...
Ou devolve-lo a bliblioteca dos sonhos.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Derrepente,

Não mais que de repente.

Não menos que sinfonia.

E foi assim,

Que me vi envolto à melodia.

E foi assim,

Que me vi.

E me fiz músico de mim.

Ardor.

A dor.

No ácido,

O aço.

Cansaço.

Desprezo.

Bocejo.

Desejo?

Não!

O fim...

Meu coração é uma folha em branco.

Usa-me para te escrever.

Para descrever-me.

Escreva em mim as palavras.

Aquelas escondidas entre sentimentos.

E que não são ditas.

Seria tão simples.

O que se torna tão complicado.

Apenas queria ter em mim a chave.

Aquela que abre as portas da felicidade.

Que pudesse abrir o coração,

E fazer brotar as verdades ocultas.