terça-feira, 14 de abril de 2009

O Fim da Picada

Esse é nome do filme ao qual tive o desprazer de assistir este domingo passado. O filme, que se propõe a ser de terror, mas não me assustou nem um pouco (cheguei a rir em certos pontos do filme) não passa de um crítica banal e óbvia ao atuais valores da sociedade, e claro das pessoas. Não faltou a crítica ao imperialismo americano, ao valor excessivo a bens materiais em detrimento dos valores humanos... e por aí vai. Tudo bem que a ideia de um saci demoníaco é interesante, bem como a de uma exu, uma mulher negra, representando Satã. Mas não passa disso. É só uma evocação constante e gratuita ao nome de Satã.
Li num post na net que as pessoas saiam aterrorizadas do cinema, de fato para alguém que tenha alguma religião mais conservadora, essa evocação excessiva ao demo, deve incomodar e muito. Porque não é um filme em que haja um piscicopata, mas o proprio Demo é o centro da trama. Em mim não fez o menor efeito. Tem até uma participação tosca, diga-se, de Zé do Caixão.
Bom, para quem acha que meia duzuia de frases evocando o Demo é filme de terror, vale assistir. Para mim foi mesmo é o fim da picada ter pago para ve-lo.

domingo, 12 de abril de 2009

Lavanda

Lavanda para dormir.
Lava os pesadelos.
Os pesados elos do desconhecido.
O que é conhecido quando se apresenta o inesperado?
Quando a forma mais bruta nos desnuda.
Lavanda para amaciar as angustias.
Os medos, as apreensões...
Um pequeno deslize,
E rola um pedregulho ribanceira a baixo.
Lavanda para dar um tempo.
À mente que ferve,
Que se questiona se essa calmaria é d'outras planícies,
Ou simplesmente destas.
Sim! Porque há uma aparente transferência,
Naturalmente em vão.
Pois quando cair em si,
Vai apenas cair no vão da verdade.
Lavanda para refletir melhor.
Para driblar os reflexos do impulso que nos cegam.
Não existem motivos óbvios.
Não há a quem culpar.
Existe apenas um homem em busca do encontro com sigo mesmo.
No caminho de sua Felicidade.
Lavanda para dar tempo ao tempo.
Se houver amor,
Dar-se-a em breve tempo,
Fim a lavanda.
Se não...
Dar-se-a também!
Enfim,
Apesar de toda dor.
Noutro loco.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Hoje conferi o show de Marcelo Camelo na Concha. Para variar todo mundo super empolgado canatando todas as músicas - como acontecia quando era Los Hermanos. Eu claro, tava nessa junto. E muitíssimo animado! Os músicos ótimos, as músicas ótimas, tudo ótimo! Quando tocou Copacabana alucinei-me, até quase caí.
Teve jente que torceu o nariz, dizendo que o último show tinha sido bem melhor. Como nesse eu não fui, não tinha um referêncial, me acabei no de hoje. De fato algumas coisas foram apenas medianas, como a participação de Malu Magalhães, a qual nem se ouvia a voz. E o fim então: Ficou todo mundo com "cara de tacho" achando que ele voltaria mais uma vez enquanto os instrumentos eram desmontados. Faltou um fim com cara de fim, talvez mais teatral, como o Adriana calcanhoto no Maré, onde ela se joga o resto da água que bebia na cara e depois quebra o copo no chão do palco. Faltou também um cenário. É verdade que isso nunca foi a arte de Los Hermanos, mas aquele pano preto com cara de tapume improvisado... tosco!
Enfim, musicalmente o show foi maravilhoso. Eu adorei!
Viva Camelo!