segunda-feira, 13 de junho de 2011

Vênus Negra

Um filme dilascerante, perverso, que corroi o espectador em seus sentimentos mais profundos.
Um filme realista, mas que não é um documentário propriamente dito, mas uma representação dura e cruel de uma história real, meio com uma biografia, que se passa no século 19 sobre uma senhorita negra africana levada a Londres e posteriormente à Paris onde finda em sua morte. Não há nenhum tipo de esperança. Ao espectador a imagem cada vez mais degradante da destruição de uma mulher, primeiro a emocional e depois a física. Me fez lembrar o relismo de outro filme frânces, que vi ainda adolescente, Danton, que trata da Revolução Francesa de uma forma desnuda e crua. Vênus Negra é muito mais agressivo. Uma mulher, com seus 25 anos, oriunda da África, sendo tratada com um macaco, um mero animal, ou ainda mais triste, como um brinquedo, a merce de uma sociedade, preconceituosa, que quer apenas satisfazer seu caprichos e seus desejos mais sórdidos. Sozinha em uma terra estranha, sempre com olhar triste, comedida em seus atos, acuada, restalhe apenas alccolismo. Sem nenhum alívio, o espectador ve a sua destruição que termina com a sua morte jogada num cortiço em Paris. Por fim para arrematar, aos creditos finais coube o silêncio, não há música, mas sim o luto. Um bom filme, com ótimas atuações.

domingo, 5 de junho de 2011

Hoje vou pela cidade a te procurar. Com os olhos baixos, o andar lento. Vivo a lembrar-te a cada azul. A esperar a tua volta vendo-te voar cada vez mais longe. O ontem, foi o fim, errei, e muito. Mas erramos juntos. Não importa mais.
Amanhã vou pela cidade a procura a ti, que vai fazer lembra-me disto como um passado aprendido. Que vai dar ao azul seu devido espaço em meu coração. E vai prencher-me de alegria. E poderei lembrar disto como algo bom.
Estou melancólico. Será que vai passar? Faz uma semana, uma eternidade de semana, mas não consigo esquecer. Deixe-me envolver, lutei e quando tinha em minhas mãos declinei. Me falam que é sempre uma via de duas mãos, que não era correspondido. Mas como posso acalmar meu coração que se lembra a todo o instante?