sábado, 23 de agosto de 2008

Uma folha em branco.
Escrita em traços fortes.
Não há como apagar.
As marcas estão lá.
Novas linhas para reescrever o ontem,
apenas enchem o papel do presente.
E de tanto reescreve-las,
dilaceram-se as fibras.
É fim.
Outro papel.

2 comentários:

Leandro Cruz disse...

isso aí: outro papel!
mas é necessário mesmo esgarçar tanto a folha anterior?

Taiane Oliveira disse...

Ao mesmo tempo que é superficial (papel) mostra a profundidade de seu ser.

Muito lindo!